segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

“O Ser tão Mamoeiro” Eu e eles os alfaiates e costureiras.

Parte (um) 



   ( Corte e costura Tarciso / foto Bringeck )             
Hoje eu vou falar um pouco dos alfaiates e costureiras dos meus tempos de menino. Naqueles tempos era comum no “Sertão Mamoeiro” e na zona rural de maneira geral as pessoas confeccionarem suas próprias roupas. As primeiras roupas feitas para os
filhos eram quase sempre engendradas pelos próprios pais, no caso suas, nossas mães. Nem roupas eram,  na verdade eram uns paninhos,  ( Feitos com muito carinho) coisa parecida ou assemelhada.




Lembro muito bem e com saudade das minhas costureiras e alfaiates de todos os tempos.
Sendo “O Ser tão Mamoeiro” uma pequena comunidade rural encravada no meio do
sertão nordestino, tudo que se consumia por ali era produzido por nossa gente.
A única coisa que sei, que não se produzia por aqui, era o sal de cozinha.



A minha primeira costureira e não só minha, mas de muita gente, salvo engano foi
a nossa Tilia  (Tia Lia)  era assim que chamávamos  nossa hoje saudosa Marotinha.
Naquele tempo “Marotinha” era para os íntimos,  as comadres, primas e gente grande.  Crianças, adolescente e até mesmo jovens  não eram íntimos das pessoas adultas, “menino não era gente”  como se dizia por aquelas bandas.



No meu tempo, meninos vestiam calças curtas,  isso  quando vestiam. Calças  compridas  só quando  rapazinho e olha  lá.  Então quando um menino vestia sua  primeira calça comprida era um  acontecimento e tanto,  comparado a uma festa de debutante para meninas.        
 A maioria das meninas daquele tempo nem sabia a existência de tal festa. 
 Expressão da época:  “A primeira calça comprida você nunca esquece”


“O Ser tão Mamoeiro”  Agradece a vocês os mestres do corte e costura, e é por isso que os Srs. e Sras. estão sendo lembrados. Minha saudade aos que não estão mais aqui e meu abraço aos outros e as famílias todas.   
        
A intenção aqui é  contar um pouco da história do Sertão Mamoeiro, contribuir com a memória e homenagear os  profissionais costureiros daquele tempo de agora  e de sempre.
E também incentivar outras pessoas a contar um pouco da história do nosso  Mamoeiro.
“O Ser tão Mamoeiro”tem história o que precisamos é de alguém para contar .


   Pereira Barros   /   bringeck@gmail.com



               Sertão Verdejante-

Visualizar

Nenhum comentário:

Postar um comentário